Novo reajuste foi anunciado e passou a vigorar nesta terça-feira, 10. Diesel já é encontrado a mais de R$ 7,40.
Maio de 2018, a Petrobrás anunciou um novo reajuste do combustível no Brasil. Com os novos aumentos o valor do óleo diesel subiu para R$ 3,768 em média. De maneira imediata e coordenada os caminhoneiros anunciaram uma greve que durou 10 dias, sendo essa a maior já realizada pela categoria.
Naquele ano a paralisação atingiu 24 estados brasileiros. Na época a Petrobrás associou o aumento ao dólar e por conta do valor do barril do petróleo no mercado internacional, como vem ocorrendo desde que a política de preços foi alterada pelo governo Michel Temer, passando a se basear no valor do barril do petróleo vendido no exterior.
A categoria anunciou paralisação exigindo a redução nos valores do óleo diesel, que aumentaram em mais de 50% em um ano. Só nos cinco primeiros meses de 2022 esse acumulado chega a 47%.
Aulas foram canceladas, o combustível disparou nas bombas por conta do desabastecimento, as fábricas interromperam produções por conta do aumento no valor do diesel, os mercados superlotaram e produtos começaram a faltar, assim como medicamentos. O tomate chegou a registrar aumento de 400%.
Maio de 2022, a Petrobrás anunciou um novo reajuste de combustível no Brasil. O preço médio do óleo diesel está sendo comercializado a mais de R$ 7,20. Caminhoneiros não conseguem viagens, e quando surgem oportunidades o valor do frete não compensa o alto custo do combustível.
Com o novo aumento do diesel, a cadeia produtiva por inteira será atingida e novos reajustes em produtos serão notados nos próximos dias. Frutas, verduras, carne, feijão, materiais de construção, café, leite, ovos, irão sofrer reajustes pois todos são transportados pela malha rodoviária, e com o novo valor do diesel, o repasse chegará até o consumidor final.
O óleo diesel passou a ser vendido nesta terça-feira, 10, ao valor de R$ 4,91 para as revendedoras, que por sua vez repassam o combustível ao consumidor final ao preço que ultrapassa a casa dos R$ 7,49. Esse é o maior valor nominal pago pelos consumidores desde 2004, ano em que a Agência Nacional do Petróleo passou a fazer levantamento semanal de preços.
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