Anderson Torres teria sido um dos responsáveis pelas blitzes ilegais realizadas no 2º turno das eleições de 2022.
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A situação do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres se complica mais a cada dia. Preso desde janeiro, quando teria sido conivente com os ataques ocorridos em Brasília, o também ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal pode se comprometer ainda mais devido a situações que ocorreram no dia das eleições do segundo turno em 2022.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, de O Globo, a Polícia Federal descobriu um "boletim de inteligência" no qual a então diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar teria produzido e enviado para Torres.
O documento produzido em outubro de 2022, logo após o primeiro turno, apresentava os locais no país onde o então candidato Lula havia recebido mais votos do que o ex-presidente Jair Bolsonaro. Com o material em mãos Anderson Torres se articulou e colocou em prática, juntamente com a PRF, as ações que impediram milhares de eleitores de irem votar no dia 30 de outubro com as realizações de blitzes consideradas ilegais pelo TSE, e que ocorreram principalmente na região Nordeste.
Marília Alencar ainda tentou apagar o documento do aparelho celular, mas a Polícia Federal conseguiu recuperar parte dele.
Dias antes do 2º turno o então ministro da Justiça viajou para a Bahia em um avião da FAB para um encontro que não constava na agenda, onde, juntamente com o ex-diretor da PF Márcio Nunes, foi pressionar o superintendente regional Leandro Almada a atuar na operação que ocorreu no dia da eleição, o que interditou diversos trechos em rodovias na Bahia.