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  • Thiego Souza

Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo: chegou a hora de aprender a compreender

"Autismo não se cura, se compreende."

Na foto: Layla Romão com a filha, e a fonoaudióloga Lívia Valadares.


Neste sábado, 02/04, acontece o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. A data definida pela ONU (Organizações das Nações Unidas) traz uma reflexão para como pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEAs) precisam de respeito, compreensão e medidas de socialização.


Diagnosticadas geralmente na infância, os pais das crianças precisam ter atenção aos detalhes do dia a dia. "Hoje com estudos avançados e com a conscientização da população, podemos identificar crianças autistas ainda bebês. As características perceptíveis nessa fase são a falta de contato ocular com a mãe no momento da mama, um bebê extremamente agitado, bebês que não acompanham os marcos do desenvolvimento", pontua a fonoaudióloga Lívia Valadares, ao Info Serrinha.


Ainda de acordo com a fono, já em crianças de até 02 anos existe uma outra importante característica que aparece quando se tem o TEA. "A maior característica é a comunicação, são crianças que ainda não falam ou que apresentam pouco vocabulário e a interação social. Crianças agitadas, que não conseguem socializar com outras crianças, que tem sensibilidade com sons, multidão".


Se um pai ou uma mãe perceber que a criança apresenta esses comportamentos o recomendado é procurar um médico especialista em neurologia, e a partir do diagnóstico realizar acompanhamentos que possibilitem uma melhor qualidade de vida com fonoaudiólogo, psicólogo e terapeutas ocupacionais.


Diante de tantos preconceitos que muitas crianças sofrem por conta da condição, é fundamental todo apoio e cuidado dos pais, que precisam se adaptar à realidade para minimizar possíveis impactos causados por um olhar diferente, uma palavra ou uma atitude ríspida que gere desconforto e indiferença.


"Quando recebi o diagnóstico percebemos que nossa vida dali para frente não seria mais a mesma, tudo mudou, e uma das coisas que mais precisava ser mudada foi o acolhimento da família, que é o principal, é o amor, o afeto é a união. Nossa filha veio para nos unir e mostrar que o amor supera todas as coisas, e essa bandeira que vou levar para vida", conta Layla Romão, mãe de uma criança diagnostica com o TEA.


Infelizmente, apesar do tema ser mais discutido em redes sociais e espaços da mídia, situações desagradáveis seguem acontecendo no dia a dia das mães e pais que têm um filho nessa condição. "Muitas vezes quando falo que minha filha é autista percebo o olhar de preconceito, parecendo que ser autista é contagioso, e infelizmente existem muitas pessoas que são assim que tem essa mente fechada, que tem o preconceito, que passa a te tratar mal, e eu já fui tratada mal em alguns lugares por falar que minha filha é autista e que ela é preferencial por ser autista, e as pessoas não aceitam isso. Infelizmente existe muito ainda", lamentou Layla.


A indiferença aponta muito mais os traços de ignorância e falta de sensibilidade de quem os pratica, pois a criança com o espectro autista realiza atividades como outras crianças que não são diagnosticadas com o transtorno. Vale lembrar que o Autismo não é uma doença, se trata de uma forma diferente de desenvolvimento. "Minha filha veio para mostrar as pessoas que o autista pode ser como qualquer outra criança. O autista é especial, cada autista tem seu jeitinho de ser, único e lindo. Ela veio para mostras às pessoas que autista é inteligente, pode fazer qualquer coisa e pode ser o que ela quiser", conta a mãe emocionada.


Mais do que respeitar, o Dia Mundial da Conscientização Sobre o Autismo nos convida a crescermos e amadurecermos junto ao tema, junto a nossa capacidade de amar, de entender e de ser apoio uns com os outros. Autismo não se cura, se compreende.

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