Encontro reuniu órgãos, instituições, movimentos sociais, Polícia Militar, Defensoria Pública e sociedade civil.
O auditório da Câmara de Vereadores de Serrinha foi palco na manhã desta terça-feira, 23, de uma Audiência Pública onde foi abordado o tema "Violência Contra as Mulheres em Serrinha e os Mecanismo de Proteção".
Durante a Audiência os órgãos e associações que estiveram representados puderam expor os trabalhos que vem desenvolvendo no intuito de proteger, acolher e assegurar os direitos às mulheres que sofrem qualquer tipo de violência.
"É importante falar sobre violência doméstica para poder quebrar tabus e encorajar as mulheres que vivem com esse tipo de violência que não é somente física, mas patrimonial, sexual e psicológico, que para mim é o pior tipo de violência pois não é vista e a mulher vai baixando sua auto-estima, muitas vezes ficando em um ciclo vicioso de violência sem conseguir sair dele", disse a vereadora Rose de João Grilo ao Info Serrinha.
Representantes de órgãos ou instituições como a Defensoria Pública e Polícia Militar, que foi representada pela Tenente PM Nina Marques, comandante da Operação Ronda Maria da Penha Sisal, apresentaram alguns dados alarmantes que mostram o alto número de casos de violência contra mulheres na região, destacando o trabalho e a importância da rede de proteção.
"Sabemos a importância dos movimentos sociais porque a luta é diária no enfrentamento de violência contra as mulheres. As políticas públicas que precisamos discutir são para garantir que essas pessoas que estão nessa luta tenham instrumentos para garantir proteção a essas mulheres", disse a Tenente PM Nina Marques.
Durante a audiência foi fortalecido o debate sobre as redes de proteção e apoio, que vem atuando para ajudar no combate à violência doméstica. "A gente tem visto isso a cada dia essa violência contra as mulheres, seja ela física ou psicológica, e não dá para ser somente números, precisamos dessa rede de apoio, de proteção, e Serrinha tem sido uma cidade com um alto número de violência doméstica e precisamos estar estreitando os laços, fortalecendo os vínculos e mostrando as mulheres onde ela pode começar estabelecer se vínculo, qual porta ela pode bater quando isso ocorrer. Queremos muito ajudar as mulheres de forma mais preventiva", disse a vereadora Edylene Ferreira.
A Audiência Pública foi proposta pelas vereadoras Edylene Ferreira e Rose de João Grilo, juntamente com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semas), Centro de Referência de Atendimento a Mulher (CRAM).
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