Segundo a vice-presidente da Associação as pessoas com TEA sofrem por conta do barulho e dos fogos de artifícios.

Na noite da última terça-feira, 24, durante a Audiência Pública que teve como tema central a poluição sonora em Serrinha, a vice-presidente da AMPAAS (Associação de Mães, Pais e Amigos dos Autistas de Serrinha) comentou sobre a situação das pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e pediu a colaboração das pessoas no intuito de se minimizar esse tipo de poluição.
Segundo Ivoneide, com o barulho dos sons e dos fogos os autistas passam a apresentar comportamentos agressivos.
"Só nós mães e pais de autistas sabemos o que filhos passam em relação a essa poluição sonora. Estamos no período junino e já se inicia também os fogos de artifícios. É muito grave o que nossos filhos passam. O desenvolvimento sensorial deles é de uma maneira que eles chegam até a se mutilar. Os adultos mesmo eles chegam a tanto, ficam agressivos, nervosos e nós quem temos que dar conta de tudo isso".
Ainda de acordo com a vice-presidente da AMPAAS os autistas buscam meios para "fugir" do barulho. "Como foi dito pelo Coronel em relação a carros de propaganda que passam nas ruas e é uma poluição tão grande que eles (os autistas) se escondem. Eles também trancam os ouvidos, eles apertam porque não entendem o que está se passando".
Segundo Ivoneide, a poluição sonora vem ocorrendo em todos os cantos do município de Serrinha. "Muita gente já vendeu na zona urbana para ir morar na zona rural para sair dessa poluição, mas infelizmente não sei onde está pior se é a zona rural com seus bares ou se é a zona urbana".
Para finalizar, Ivoneide pediu que a situação seja solucionada para que todos possam viver em harmonia. "O que estamos pedindo aqui é do entendimento da sociedade e que todos se mobilizem para que tudo isso venha a ser controlado".