Vereador de Caxias do Sul é acusado de preconceito e xenofobia.
Na tarde da última terça-feira, 28, mais um caso de preconceito e xenofobia contra nordestinos, em especial contra os baianos foi registrado, dessa vez por um vereador da cidade de Caxias do Sul. O legislador Sandro Fantinel (Patriotas) destilou ódio com falas preconceituosas após cerca de 200 trabalhadores serem resgatados de atividades análogas à escravidão em uma vinícola localizada em Bento Gonçalves, sendo 73 moradores da região do sisal, na Bahia.
De acordo com as palavras do vereador a única cultura da Bahia é viver na praia. "Com os baianos, que a única cultura que têm é viver na praia tocando tambor, era normal que fosse ter esse tipo de problema".
O vereador de Caxias do Sul defendeu o local onde os trabalhadores estavam alojados, e chamou os baianos de sujos e preguiçosos. "Agora o patrão vai ter que pagar empregada para fazer a limpeza todo dia para os 'bonitos' também? Temos que botar eles em hotel cinco estrelas para não ter problema com o Ministério do Trabalho".
Em entrevista ao portal G1 o vereador afirmou que só falou da Bahia porque os trabalhadores envolvidos são do estado, e que se arrepende da frase sobre viver na praia e tocar tambor.
Quem é Sandro Fantiel?
Vereador de Caxias do Sul, Sandro Fantiel está em seu primeiro mandato, eleito com 1.756 votos. É defensor do programa Escola Sem Partida e a favor do desenvolvimento do agronegócio.
Em maio de 2017 criou a Comissão Pró-Bolsonaro 2018, que era um grupo de empresários alinhados com o projeto do ex-presidente. Em 2018 chegou a concorrer a deputado Federal pelo Rio Grande do Sul, mas renunciou à candidatura e passou a se dedicar e trabalhar exclusivamente na campanha do então candidato à presidência da República eleito naquele ano.
Durante o auge da pandemia apresentou projetos na Câmara como a proibição do Passaporte Sanitário, que é a comprovação de vacinação, facilitando o livre acesso de não vacinados em ambientes fechados, e pediu que os servidores e agentes públicos do município de Caxias não fossem punidos por se recusarem a tomar a vacina contra Covid-19.