Mãe Bernardete foi morta a tiros dentro do terreiro que liderava.
Foi morta a tiros na noite da última quinta-feira, 17, a líder do Quilombo Pitanga dos Palmares, Yalorixá e ex-secretaria de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho, Maria Bernardete Pacífico.
Segundo informações, dois homens invadiram o terreiro, fez reféns e matou Mãe Bernardete a tiros.
O Ministério da Igualdade Racial repudiou o crime, e exigiu celeridade nas investigações no intuito de se localizar os criminosos e a motivação. "Após ter seu terreiro invadido, Mãe Bernardete foi assassinada. É preciso que as investigações sejam feitas com celeridade e com a máxima diligência, uma vez que o assassinato de uma líder religiosa é uma violência contra todo um povo. O Ministério da Igualdade Racial está em contato com o Governo do Estado da Bahia, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Secretaria de Segurança Pública e com a Defensoria Pública do Estado para apurar melhor o caso".
Representantes do Ministério da Igualdade Racial, e do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, estarão em Salvador para participarem de reunião presencial junto aos órgãos do estado da Bahia, "e atendimento às vítimas e familiares e para garantir que seja garantida a proteção e defesa do território".
O Quilombo Pitanga dos Palmares, liderado por Bernadete, é formado por cerca de 289 famílias e tem 854,2 hectares, reconhecidos em 2017 pelo Relatório Técnico de Identificação e Delimitação – RTID do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A comunidade já foi certificada pela Fundação Palmares, mas o processo de titulação do quilombo ainda não foi concluído.
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