Evento marcou a semana da Consciência Negra em Serrinha.
O Festival Corpos e Vozes da Resistência, realizado no Novembro Negro 2024 em Serrinha, deu vez e voz para pessoas com deficiência (PCDs). Com uma programação que uniu arte, cultura e representatividade, o evento destacou a importância de dar protagonismo a grupos frequentemente esquecidos.
Um dos momentos mais emocionantes foi o desfile da Beleza Negra, que teve como destaque Guilherme dos Santos, estudante da Escola Normal e integrante do espectro autista. Sua presença trouxe um novo significado ao conceito de beleza e inclusão, demonstrando que todos os corpos e vozes têm espaço na luta por igualdade. Outro ponto alto foi a apresentação de Wadson Oliveira, deficiente visual e vencedor do Festival da Canção Negra, que emocionou a plateia com uma performance carregada de força e sensibilidade, assim como a jovem Rainara Ribeiro, deficiente visual, que também é estudante da Escola Normal, e realizou uma apresentação emocionante.
Ivoneide Bispo, uma das organizadoras e ativista do Movimento Negro Afro Jamaica, destacou o impacto dessas ações no combate ao preconceito. "Ver Guilherme e Wadson brilhando no palco foi a prova de que a inclusão não é apenas necessária, mas urgente. Essas crianças e jovens têm muito a ensinar à sociedade, e precisamos criar mais espaços como este, onde suas vozes sejam ouvidas e seus talentos valorizados."
A ativista, que também é mãe de um jovem autista com deficiência múltipla, reforça que a inclusão de PCDs deve ser uma prioridade em todas as esferas da sociedade. Para ela, ações como o Festival vão além de oferecer visibilidade; elas ajudam a transformar vidas.
"Estamos construindo pontes que conectam a diversidade à igualdade de oportunidades. A inclusão não é um favor, é um direito. Precisamos trabalhar juntos para garantir respeito, acessibilidade e o protagonismo dessas pessoas."
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