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Thiego Souza

Exclusivo: CGTT indica ações que podem ser feitas para reduzir acidentes de trânsito em Serrinha

Confira entrevista exclusiva com o gestor do Núcleo de Educação de Trânsito da CGTT, que apontou ações que podem ser feitas.


Serrinha é uma cidade que cresceu muito ao longo dos anos. Com a cidade em expansão, e com a população avançando, o trânsito no município passou a ficar carregado, com pontos de congestionamentos em horários de pico, e também vários acidentes.


Diversos pontos na cidade são considerados "críticos" e precisam de uma atenção redobrada dos condutores como o entroncamento da BR-116, rotatória da BA-409 com o bairro da Urbis, acesso para o bairro Novo Horizonte passando pela linha férrea e Rua Lauro Mota.


Diante dos recentes acidentes de trânsito ocorrido nesses pontos, o Info Serrinha buscou junto à Coordenadoria Geral de Trânsito e Transportes de Serrinha (CGTT) respostas sobre possíveis ações e/ou intervenções a serem feitas nos locais no intuito de minimizar os acidentes, proporcionando aos condutores e pedestres maior segurança.


Em contato com o site, o agente de trânsito e gestor do Núcleo de Educação de Trânsito da CGTT, Aroldo Carlos Filho, respondeu aos questionamentos:


Info Serrinha: O que já foi identificado como causas e o que pode ser feito para reduzir os acidentes na rotatória da BR-116? Mesmo sendo rodovia federal, alguma ação pode ser feita no local?


CGTT: O entroncamento da BR-116, falsamente chamado de rotatória, é um trecho de responsabilidade da esfera federal, portanto, todas as possíveis intervenções viárias de caráter permanente, devem passar pela autorização prévia dos órgãos competentes. O poder público municipal demonstra interesse e esforço para agir, contudo não depende apenas de sua vontade, mas de uma solução institucional entre as esferas.


O órgão municipal de trânsito identificou alguns problemas a serem solucionados:


(a) A manobra de caminhões, que seguem no sentido Feira de Santana e tentam desviar do redutor no trecho reto, o qual já provocou alguns tombamentos;

(b) As operações de retorno e cruzamentos de faixas preferenciais, que geram colisões laterais;

(c) O conflito de acesso encontrado no ponto que desce da Avenida Mario Andreazza, em frente à CETO, para a rodovia.


A CGTT concluiu que é necessário uma revisão técnica do projeto, com instalação de redutores de velocidade e alteração de encaixes de cada trecho, para garantir mais segurança, pois o local possui um fluxo elevado de veículos de passeio, ônibus e caminhões.



Info Serrinha: Além do estudo para implantação da rotatória, quais outras medidas estão sendo pensadas para reduzir os acidentes na Rua Lauro Mota?


CGTT: A Rua Lauro Mota, por ser de grande extensão, precisa ser estudada trecho a trecho, para intervenções viárias. Como já divulgado, a primeira ação será a mini rotatória no cruzamento com a Rua André Negreiros. Posteriormente haverá novos estudos em todos os cruzamentos, desde a Praça do Centenário, passando pelos cruzamentos com as ruas Reginaldo Ribeiro e Cornélio Paes, além da necessidade de implantação de novos redutores de velocidade ao longo de toda via. As medidas podem ser em aspecto de sinalização ou em aspecto de intervenção física na própria via, porém apenas os estudos técnicos poderão definir o tipo da ação.



Info Serrinha: Outro ponto crítico é a rotatória da Urbis. Naquele local já existem redutores de velocidade, mas o que mais pode ser feito para reduzir os impactos ali? Um semáforo seria ideal?


CGTT: O trecho viário de cruzamento entre a BA-409 e a Avenida ACM é um outro trecho que demanda um acordo institucional entre as esferas estadual e municipal. Apenas para esclarecimento, o local não é, em fundamento, uma rotatória, por haver o movimento de tráfego que corta o cruzamento da via.


Qualquer tipo de intervenção viária que envolva a rodovia estadual precisa necessariamente passar pela autorização do órgão estadual competente, ainda que o local envolva uma avenida municipal. A CGTT já fez uma análise prévia sobre uma possível ação no local, concluindo que a instalação de um semáforo não é a opção mais viável, por

gerar potencial de engarrafamento no local.


Uma solução prática e de impacto imediato, com garantia de segurança e fluidez, é o fechamento da rodovia no ponto que cruza a avenida, melhorando o movimento contínuo do fluxo e transformando efetivamente o cruzamento em uma rotatória.



Info Serrinha: O trecho da BA-409, cortado pela linha férrea, que dá acesso ao bairro Novo Horizonte. O que pode ser feito e o que vem sendo discutido para resolver as questões naquele cruzamento?


CGTT: Mais uma situação que envolve o entendimento e ajustes entre esferas públicas diferentes. A BA-409 é uma rodovia estadual e a linha férrea é um território federal, portanto, o município serve apenas como mediador, no processo de intervenção, pelo fato dos trechos estarem em perímetro urbano.


Como o local é uma passagem de nível, ou seja, um cruzamento entre linha férrea e uma estrada, o controle de tráfego precisa ser aplicado no trecho rodoviário, no caso a BA409. Tecnicamente, em locais assim o ideal é a instalação de uma cancela eletrônica, que se ativa com sensores ao longo da via férrea, que ao identificar a aproximação do trem, aciona o sinal e fecha a passagem da estrada.


Outra medida necessária é a instalação de “guard rail”, aquelas muretas de metal, ao longo do trecho da via férrea, para evitar a travessia de pedestres sobre a linha férrea.


Como dito anteriormente, todas estas ações necessárias e fundamentais a segurança no local, são avaliadas pelo município, porém a intervenção a ser aplicada necessita planejamento e entendimento com os demais órgãos envolvidos.


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