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  • Info Serrinha e Região

Artigo: A sustentabilidade retroalimentada pelo papel social da mulher

Uma das discussões está ligada justamente a como a mulher se relaciona com os atores sociais e com suas dores sociais, psíquicas e físicas no processo de contribuição.


Por: Rafael Rodrigo Ferreira de Lima


Quando se ouve sobre o meio ambiente, essa porção gigantesca de ambiente modificado continuamente pela ação humana, na maioria das vezes, há a referência a impactos negativos no solo, na água e no ar - e isso é compreensível tendo em vista os horrores visíves da destruição do planeta nesses meios. No entanto, o meio ambiente é bem mais que isso e é preciso que se tenha noção das mais diversas facetas deste para que se tenha a real dimensão do quanto cada indivíduo é afetado nos mais diferentes contextos.


Dentre os elementos que constituem o conceito de meio ambiente, adotado pela ONU e pelos programas internacionais sobre a temática, está o social. Nesse elemento se considera que o ser humano é o agente que sofre as consequências positivas e negativas das ações sobre o ambiente natural e/ou artificial em que está inserido, revelenado injustiças socioambientais.


Muito além disso, a sustentabilidade, historicamente buscada pelos movimentos ambientalistas e, muito recentemente, de forma tão midiática pelo mundo corporativo por meio do conceito de ESG, é somente alcançada quando se entende que o ser humano, com suas particularidades sociais, suas dores e suas necessidades, precisa ser considerado enfaticamente em projetos e discussões transversais.


E como trazer essa discussão do aspecto social na promoção do bem-estar humano como forma de buscar a sustentabilidade? Começando pelo simples e discutindo aspectos do cotidiano, visando, entre outros, a igualdade de gênero, a erradicação da fome, o acesso a saúde, à educação e à segurança. No recorte social que envolve esses elementos, em graus diferentes, há discussões que precisam ser consideradas em seus aspectos objetivos e subjetivos e que desembocam na luta pela manutenção do meio ambiente e na reversão de hábitos danosos ao meio ambiente e às comunidades, sem preconceito geográfico.


Uma dessas discussões está ligada justamente a como a mulher se relaciona com os atores sociais e com suas dores sociais, psíquicas e físicas no processo de contribuição e manutenção da comunidade em que está inserida. É nesse contexto que projetos como o Feminismo em Rede levam ao público discussões pertinentes que contribuem para a promoção do bem-estar social e que, em uma análise multidisciplinar, contribui para as discussões ambientais no que se refere ao protagonismo do ser humano enquanto agente inquietado com as condições sociais que balizam o uso dos recursos naturais na sustentabilidade da sociedade.


O ser humano em formação precisa de condições seguras para o seu desenvolvimento e aquelas que lutam por esse status de segurança precisam ser ouvidas se realmente há a luta séria pela causa ambiental, que é a causa da própria sobrevivência humana. Ouvir e agir.


O feminismo em rede é a teia da saúde dos futuros humanos. A sustentabilidade e sua efetivação na sociedade é a garantia de que haverá futuro para esses humanos.


Rafael Rodrigo Ferreira de Lima

Especialista em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente

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